quarta-feira, 3 de junho de 2009

Clube criminoso, candidato descuidado

A história repete-se. Em 1 de Maio de 2008 o Record destaca uma página completa a um não-tema: «Leão de Verdade esteve 3 anos sem pagar quota».

A notícia revela pela primeira vez nomes e apelidos de quem os nunca tinha escrito ou revelado. Os meses em que se pagaram quotas. O detalhe da mesma denuncia que apenas poderia ter sido o Clube a divulgá-la.

Fui contactado pelo jornalista (?) L. Óscar, confrontando-me com o teor da mesma. Perguntei-lhe de imediato onde tinha tido acesso à informação. Do outro lado do telefone, sorriu e disse que tinha as suas «fontes».

Para quem não sabe este acto é um CRIME, à luz das leis em vigor.

Mais, um CRIME CONTRA OS SEUS PRÓPRIOS SÓCIOS! Tudo porque o Movimento Leão de Verdade andava a reunir assinaturas para realizar uma AG extraordinária para debater assuntos quentes como auditoria, negócios de terrenos e vendas de património.

Estive 3 anos sem pagar quotas. Não era preciso haver notícia pois sempre assumi esse facto publicamente - especialmente no FórumSCP onde escrevia com regularidade. O problema é que na página a que tivemos direito no Record, publicaram-se nomes nunca assumidos, meses de pagamento de quotas e ligações que apenas se poderiam comprovar por cartas dirigidas à direcção.

Uma vergonha que só tem equivalente na atitude do Conselho Fiscal e Disciplinar e especialmente do seu presidente Abade - de novo candidato ao mesmo cargo (!) -, que se proclama com orgulho o dirigente em funções há mais tempo no Clube. O tal que anunciou que ia publicar as contas consolidadas antes do VIII Congresso...

Esse senhor tudo fez para que o processo fosse esquecido. Depois de queixa à CNPD, foi efectuado um inquérito fantoche, que ainda na sua fase de inquirição, já transpirava «isto não deve dar em nada», «é muito difícil provar» por parte dos seus inquiridores.


O que, por outro lado, não compreendo, é a forma como PPC lidou com esta situação. Ter estado sem pagar quotas não lhe retira a legitimidade e credibilidade para se apresentar como candidato. Apenas cometeu um erro básico: não o informou publicamente no ínicio da sua candidatura, de livre e espontânea vontade e pela sua boca.

Enquanto candidato era fundamental que assim fosse.

Tendo na sua lista Pedro Ferreira, membro que foi visado na página do Record a 1 de Maio de 2008, deveria perceber-se que este tipo de situação seria utilizado. No LdV todos percebemos e sentimos na pele a confusão que se gerou e apenas queriamos convocar uma AG. Para alguns ficará a sensação que se quis «esconder» algo incómodo.

A não ser, que os restantes membros da sua lista desconhecessem esse facto, e aí tenham sido mais alguns aqueles que foram apanhados de surpresa...

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